Desculpe se pisei na bola com você esse ano, não foi de caso pensado. Desculpe se não atingi suas expectativas, não era isso que eu queria. Desculpe se te decepcionei. Eu poderia dizer aqui que ninguém agrada o outro sempre. O que é verdade. Mas não. Prefiro dizer que errei muito mesmo em 2016.
Desculpe…
Talvez eu tenha sido uma boba durante grande parte do ano. Seja porque me enganei com amizades que não passavam de interesse. Seja porque perdi tempo com coisas que, na verdade, não mereciam um segundo da minha atenção. Seja porque me aliei a pessoas erradas. Seja porque acreditei em mentiras. Seja porque, pra escrever uma nova página da minha vida, eu quase esqueci quem eu era.
Meus princípios e caráter continuam aqui. Sólidos. Inabaláveis. Mas falhei em tantas outras coisas que acho que até isso foi colocado a prova. E isso eu não admito.
Decidi vir aqui me desculpar. Isso, em público, sem máscaras, sem nenhum tipo de proteção. Vim de cara limpa e peito aberto dizer: desculpe! O ano está acabando e eu quero entrar em 2017 sem nenhum tipo de pendência. Não quero deixar rastros de um ano ruim. Quero ter aprendido com meus erros e, assim, ter sabedoria para não repetí-los.
Claro que mesmo cheia de boas intenções eu não vou conseguir ser unanimidade, não vou ganhar o concurso de miss simpatia, não vou virar a pessoa mais politicamente correta do mundo. E nem quero nada disso. Pelo contrário. Vou continuar com a mesma essência. Se você me encontrar daqui a dez anos saberá me reconhecer.
Vou continuar sendo essa pessoa boba que ri de si mesma. Vou continuar amando o por-do-sol e um vinho com meu marido. Vou continuar fazendo ritual antes de entrar no mar, oração antes de dormir, lista antes de sair de casa. Mas vou acreditar menos nas pessoas que se aproximarem. E vou dar mais valor pra quem mora no meu coração.