É no mínimo estranho dizer isso, mas passamos férias no Brasil esse ano. É isso mesmo que você leu. Nada de outros países, lugares inusitados, praias paradisíacas. Nos dividimos mesmo entre São Paulo, Campinas e Valinhos. Foi uma semaninha só, mas bem intensa. Aproveitamos para rever alguns amigos, passar o máximo de tempo possível com a família, matar a saudade de lugares e coisas. O tempo voou (como acontece sempre que estamos fazendo coisas gostosas) e já estamos de volta aos Estados Unidos que, hoje, é a nossa casa.
Colo do tio + férias = tudo de bom!
Sensação estranha essa de “visitar seu país”. Mais estranho ainda ter que se despedir de todo mundo, sem saber quando vai ser o próximo encontro. Estranho pensar que você não pertence mais aquele lugar. Que agora sua vida é outra (por opção, mas é!).
Bagunçando com os primos!
Mas o mais louco de tudo mesmo é ver o desprendimento das crianças, a maneira leve com que ela passaram a encarar chegadas e partidas. Encontros e despedidas. Hoje é tudo tão natural pra elas que é impossível não se surpreender, não se chocar. Nada de drama, nenhuma lágrima derramada no aeroporto ou no avião.
A casinha de bonecas da casa dos avós!
Durante nossas férias elas estavam animadíssimas, claro. Curtiram muito rever todo mundo depois de quase um ano, brincaram muito com os primos, os avós, alguns amigos. Dias antes de partirmos achei que sofreriam na hora de ir embora, já tinha até ensaiado um discurso que incluía a melhor chantagem que eu poderia fazer para uma criança: “aqui não tem Disney”. Mas não foi preciso.
Dia do nosso retorno. Aquele nó na garganta básico durante os abraços. Olhos vermelhos querendo chorar. Despedidas dolorosas. E elas? Correndo, brincando e brigando (e como brigam as duas!!). Nem um pingo de sofrimento ou hesitação, afinal, estávamos voltando pra casa. Era como se elas olhassem pra gente com um ponto de interrogação no rosto e dissessem: não é bom voltar pra casa? Porque tanto drama? Quanta lógica, quanta simplicidade. É isso. Aquela frase que diz que a vida é simples e que a gente é que complica é mais do que verdadeira. Está tudo bem sim. A vida continua.