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Dani mudou por causa do filho especial

Dani

Dani mudou por causa do filho especial!

“Me mudei no começo do ano para os EUA. Meu maior motivo para vir (além da crise e da insegurança do Brasil) foi porque tenho um filho especial, que possui a chamada Síndrome de Angelman. Ele não anda, não fala, usa fraldas. Morávamos no interior de SP e ele não frequentava a escola, porque nenhuma se responsabilizava pelos cuidados que ele precisa (são muitos). A médica dele então decidiu mantê-lo fora da escola por tempo indeterminado… Eu nunca concordei, mas não tinha dinheiro pra pagar uma escola especial.
Meu filho tem 12 anos e ficou esse tempo todo sem ter uma atividade dentro de uma escola com a segurança e o cuidado necessários. Eu vim imaginando que aqui seria diferente, que tudo daria certo. E deu! Ele hoje vai à escola, tem uma ótima médica e é feliz por poder passear na Disney! Assim como vc ama a Nina e a Maitê, fiz isso por amor. E você sabe que por nossos filhos, arriscamos tudo, né?

 Moramos em Kissimmee. Meu filho está em escola pública e ela o atende muito bem. Ele estuda em uma sala dedicada a alunos especiais, e fica o período todo proposto das 7h45 às 14h45. Ele está tendo ótimos resultados e já está sendo avaliado para ter as terapias que no Brasil são muito caras, como linguagem, terapia ocupacional, fisioterapia etc…
Isso tudo sem custo algum. (Não tenho como não amar e ser grata a esse país). Claro que no Brasil existem locais como APAEs e AACD, mas ele precisa de um pouco mais que isso, a síndrome dele é pouco conhecida e não tão bem compreendida. Aliás, para minha surpresa, a primeira médica que visitamos aqui tem uma sobrinha com a mesma síndrome e conhece profundamente o caso… Eu apenas tive certeza de que tomei a decisão certa!
Ele utiliza o ônibus escolar que é adaptado para caldeirantes e adora essa independência!
Meu marido também está aqui, assim como nosso outro filho de 2 aninhos e meu irmão.
Hoje ele, e nós também, temos uma vida mais ativa. No Brasil tínhamos medo de sair com ele, sofrer um assalto no carro e não ter tempo para salvá-lo… Isso nos fazia desistir de passear…Sem falar que poucos locais são adaptados de verdade. Aqui ele é muito respeitado e tem uma qualidade de vida infinitamente melhor… É visivelmente mais feliz, e tem toda estrutura que sempre imaginei.”

Depoimento de Daniela Souza, mãe de Lucas e Emanuel, esposa do Júlio e irmã do Cláudio.

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