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Como o tempo voa…

Dia 25 de junho de 2010 foi um dia lindo. Sol, friozinho gostoso (daqueles que permitem uma calça de moletom e uma camiseta de mangas compridas apenas), nenhuma nuvem no céu. Eu até imaginava como seria, mas não tinha ideia da real revolução que esse dia representaria na minha vida. Esse foi o dia do nascimento da Nina. Meu Deus, como o tempo voa…

Me lembro de ter olhado pela janela da maternidade e de respirar fundo querendo registrar na memória cada detalhe desse dia. Lembro dos cheiros que senti, lembro da cor do céu, dos sons que ouvi, do sorriso da minha obstetra (minha querida Ana, que faleceu meses depois de câncer). Lembro de sentir medo do parto, da recuperação, de não saber amamentar, de não saber cuidar de um bebê. Lembro de rezar muito deitada na mesa cirúrgica, de ver o olhar tenso da minha avó Josephina (que faleceu ano passado), de me emocionar com as lágrimas das minhas amigas Rô e Carol ao me desejar boa sorte. Lembro de olhar profundamente para meu marido e de apertar a mão dele até ficar roxa. Lembro do meu cunhado fazendo piada para me fazer relaxar. 

Em questão de minutos tudo isso ficou em segundo plano. Ela saiu da minha barriga e veio direto pra mim. Sujinha, chorando. E eu paralisada com aquele milagre divino, sem saber o que pensar, o que fazer, como lidar com tanta emoção. Como podia acontecer algo tão grandioso? Como uma pessoa tinha saído da minha barriga? Que loucura tudo isso!!

Pelo vidro da sala de parto vi minha família, a família do meu marido, nossos amigos. Vi meu irmão curioso pra ver a carinha da sobrinha. Depois me lembro apenas de apagar de cansaço e acordar já no quarto, querendo pegar minha bebê no colo. Ela veio, mamou um pouquinho e eu lá, extasiada, quase em outro planeta. Querendo conhecer melhor aquela que eu já conhecia tanto, mas que tinha visto tão pouco.

Era como se todos os medos tivessem ido embora. No lugar deles veio uma sensação tão maravilhosa que eu não sei descrever. A sensação de gerar outra vida, de ser responsável por alguém pra sempre a partir daquele dia, de formar uma família de verdade. A partir daquele momento éramos 3 (em um ano soube que seríamos 4, mas isso é assunto para outro post). E eu soube que seria capaz de tudo para que a gente fosse feliz.

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