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Como é duro estar longe!!!

Bons tempos...

Bons tempos…

Mais uma vez senti como é duro estar longe. Já tinha sentido isso há um mês, quando minha avó faleceu e eu não pude ficar com a minha família o tempo que achava necessário (embora estivesse no Brasil no funeral). Senti quando um amigo do trabalho nos deixou, há quinze dias e eu não pude me despedir. Hoje foi uma amiga de infância que faleceu. E, mais uma vez, não pude dar o meu “adeus”. Me sentir de mãos atadas doeu.

Patrícia (sim, tínhamos o mesmo nome mas eu a chamava por vários apelidos), era minha amiga desde que tínhamos 8 anos (32 anos de amizade, portanto). Juntas fomos à escola, ao ballet (éramos igualmente péssimas para dançar), viajamos pra muitos lugares. Eu sempre do dia. Ela sempre da noite. Eu pontual. Ela atrasadíssima. Eu vivia preocupada com o futuro. Ela vivia o hoje.

Lembro de quando ela dormia na minha casa e dávamos tanta risada que, de vez em quando, a minha mãe vinha ver se estava tudo bem! Lembro de quando brincávamos de boneca e de quando tivemos nossos primeiros namorados. Lembro de quando fomos numa festa errada (estávamos indo a outra festa, no mesmo condomínio, e o pai dela se enganou e nos deixou numa casa onde não conhecíamos ninguém). Lembro de quando emprestávamos roupa uma pra outra e quase trocávamos de armário, de quando fomos a um acampamento de férias e ela queria ir embora, de quando tomamos o primeiro porre.

Ela me viu casar, ser mãe. Ficávamos meses sem nos falar, mas quando rolava uma ligação ela sempre perguntava se eu estava feliz.  E vice-versa. Se a resposta fosse sim (e sempre era), estava tudo bem…Quando a gente se encontrava era como se nos víssemos todos os dias. Nos últimos tempos a distância aumentou, literalmente. Mas no meu coração o lugar dela estava sempre lá. Reservado.

Hoje, logo ao acordar, recebi uma das notícias mais tristes que podia receber. Minha amiga tinha ido embora. Eu não sabia que ela estava doente. Nem ela. Talvez tenha sido melhor. Assim, o que vai ficar na minha memória é a nossa última conversa – em que nós duas dissemos pra outra que estávamos felizes. Ah! Mas tenho que confessar, Pati…hoje eu estou triste! Vai com Deus, minha amiga!

 

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