Ser mãe não é “bolinho”…
Como é difícil ser mãe!! E como eu amo!!!
Não importa se você é astronauta ou PHD em células tronco. Se você é CEO de uma multinacional. Se é dona de casa. Se é rica. Pobre. Se tem babá ou optou por fazer tudo sozinha. Ou se não tem opção. Ou se o pai foi embora. Ou mesmo se ficou, ajuda e é legal pra caramba (meu caso!). Em algum momento, minha amiga, você vai se dar conta de uma verdade absoluta: como é difícil ser mãe!
Jogando a real, ninguém nunca tinha me dito que era fácil e nem eu achava que seria. Mas, às vezes, quando paro pra pensar que tenho duas meninas que dependem de mim pra absolutamente tudo, principalmente para construir o futuro delas, aí sim cai a ficha do peso da responsabilidade sobre os meus ombros. Não se trata de dinheiro. É muito mais do que isso. Se trata de educação. Formação de um ser humano (por isso que eu disse que não tem a ver com classe social ou se você tem babá pra dar uma mão, por exemplo!)
Talvez essa sensação seja maior para quem, como eu, optou por morar no exterior. É como se eu sentisse que tirei as duas de perto de gente que podia me ajudar a cuidar delas, como a nossa família e os padrinhos. Aqui somos nós quatro (e nossos amigos que ajudam muito, claro!). Mas o referencial feminino, na maior parte do tempo, sou eu. Só eu! Entenda: nada disso é racional, portanto, o que vem a seguir pode sim ser um exagero, loucura da minha cabeça ou a famosa culpa que nasce junto com os bebês!
Não sou perfeita
De vez em quando me pego pensando se dou mesmo bons exemplos como eu gostaria. Tomo uma cervejinha no fim de semana, solto um palavrão se chuto a mesa com o dedinho, nem sempre estou nos meus melhores dias, agradecendo por acordar, como deveria. Trabalho muito, amo uma rede social, cozinho mal pra caramba, não sei limpar vidro, sou péssima motorista, nunca vou poder ajudá-las a aprender matemática. Muitas vezes estou com pressa; torço pra elas dormirem e eu poder descansar; deixo que brinquem no Ipad para me deixarem jantar; esqueço de escovar seus dentes; não capricho no penteado na hora de irem para a escola. Nem trança sei fazer direito!! Afff! Como é difícil ser mãe!
Tenho medo também das escolhas que tomo diariamente: o país onde vamos morar, a escola onde elas vão estudar, o médico que vai atendê-las, o cardápio do almoço e do jantar. Quando está tudo no automático ok. Mas quando eu paro pra pensar que tudo isso está sob minha responsabilidade me dá um medo. Medo de falhar. Mas a questão vai além da parte prática. Tenho medo de não atender as expectativas de duas meninas que me acham o máximo. Que olham pra mim como se eu fosse perfeita. Não contem pra elas, mas eu não sou!
Desabafo de mãe
Claro que o meu marido está aqui pra dividir tudo comigo e é um homem e um pai nota 1000. Claro que apesar da nossa família estar longe eu sei que posso recorrer a eles quando quiser. Mas EU sou a mãe. Só eu. Dá pra entender? Às vezes nem eu entendo…mas sinto! Sinto que preciso proporcionar o máximo que puder pra que elas sejam felizes e plenas. E tem dias que não sei se dou conta de uma missão tão especial…
Engraçado, mas acho que nunca falei nada disso pra ninguém. Hoje, ao sentar pra escrever um outro post, não consegui segurar meus dedos. Um sentimento que está guardado desde que eu engravidei da Nina veio a tona e, simplesmente, tomou conta de mim. Acho que precisava desabafar. Precisava gritar, mesmo que por escrito. Precisava dizer: gente, como é difícil ser mãe!!! Mas é a missão mais deliciosa e incrível da minha vida. Meu maior desafio e o que mais amo fazer. Meu melhor papel porque embora eu cometa tantos erros, estou sempre dando o meu melhor!