Sempre amei carnaval. Quando morava no interior de SP ía aos bailes nos clubes e me acabava. Já adulta desfilei no sambódromo no Rio de Janeiro duas vezes e também amei. Mas isso tudo até conhecer o carnaval de Salvador. Foi amor a primeira vista. Quando conheci o reinado do axé, de Ivete e Bell Marques nunca mais quis ir a outra festa nesta época do ano. Me encontrei como jamais tinha me encontrado. Era como se eu pertencesse aquele lugar. A música corria pelas minhas veias. Meu corpo dançava quase que sem querer. Era mágico!

Carnaval em família

Ano passado, depois de nove anos como apresentadora oficial da festa (na transmissão do Band Folia), decidi não ir a Salvador. Decidi ficar, pela primeira vez em tantos anos, com a minha família – vale dizer que NUNCA tinha passado os dias de folia com minhas filhas. Sendo assim, decidi levar minhas pequenas para passear. Fomos esquiar. E foi o máximo!  Mas, confesso, senti falta da energia da Bahia. Dos meus amigos. Da festa em si. Pronto, falei. Decidi então que em 2018 iria corrigir esse erro.

Meus planos não deram certo, infelizmente, mais uma vez. Emendei um trabalho no outro aqui nos Estados Unidos e acabou sendo inviável ir ao Brasil. Resultado: meu carnaval foi trabalhando durante o dia e curtindo com a minha família durante a noite. Nada de axé e trio elétrico mais uma vez. E não é que foi muito bom também?

Não estou “fazendo a Poliana”, nem tampando o sol com a peneira. Estou apenas constatando que, apesar de sentir falta da bagunça, meu carnaval foi muito especial também. Fiz um trabalho super legal do qual me orgulho (com direito a festa sertaneja), curti muitos banhos de banheira com as minhas filhas, jantares com meu marido, vinhos com meus amigos. Foi bem animado também. Se em 2019 vou a Salvador? Pode ser. Mas prefiro não fazer planos no momento. Se der certo vai ser ótimo. Se não der será incrível também.