Cara do pai
É a cara do pai. Essa é a frase que mais escuto desde que a Maitê nasceu, há quatro anos. Não me incomoda nem um pouco primeiro porque ele é o pai mesmo (pior se ela fosse a cara do carteiro, por exemplo), segundo porque o pai é lindo (desculpa aê!) e terceiro porque Nina é minha cara, então empatamos! Rs!! Mas, na verdade, tem um quarto motivo que eu não digo pra ninguém e que também ajuda a me conformar…ela é a cara do pai, mas o gênio…
O gênio
O gênio é daqueles difíceis de lidar. Experimente contrariar para vê-la virar fera em questão de segundos. De todas as palavras que sabe falar em português e em inglês a que mais gosta é “para”. E diz isso o dia todo, seja para a irmã que está cantando, o pai que está assobiando ou a mãe (eu, no caso) que está dançando na cozinha.
Adora dar ordens, mas odeia receber. Se não quiser que ela vista uma roupa o melhor a fazer é dizer: “escolhi essa roupa para você vestir”. Pronto. Nunca mais ela vai querer colocar a bendita peça. Aliás, se ela implicar com uma pobre camiseta não adianta mais tentar que ela a use. O ideal é passar pra frente, dar pra irmã, devolver na loja. Ela é decidida. Disse que não usa, não usa. Ponto.
Mas nem tudo está perdido. Tem um lado muito doce, carinhoso. Enche quem gosta de beijos e abraços. Não economiza nos carinhos nem quando o assunto são os animais. Até dos sapos ela quer cuidar! É generosa, gentil, prestativa. Amiga dos amigos. Adora ajudar.
Pois bem. Não é fácil confessar…mas ela é a cara do pai, mas o gênio é meu! Sim, senhoras e senhores. A cada dia que passa me reconheço mais na Maitê. Não no sorriso ou na cor dos olhos e do cabelo. Não no formato do rosto nem no olhar. Me reconheço nela em detalhes da personalidade, em coisas mais profundas que a aparência. Tudo bem, nem tudo que ela herdou de mim é bom, eu sei. Mas se ela for uma evolução de mim já ficarei bem feliz!
Veja mais matérias sobre família, pais e filhotes aqui!