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Caçula: não é fácil ser o mais novo!

caçula

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Sou a caçula. Meu irmão Adriano nasceu 3 anos antes. Por isso mesmo muita coisa ele usava e depois eu ganhava. O fato de sermos de sexos diferentes me garantiu a dignidade de muitos vestidos novos, é verdade. Mas muitos brinquedos (como patins, por exemplo), eu ganhava depois de serem amplamente testados por ele. Vinham com uma peça quebrada, riscados, sujinhos. Ok, melhor que nada. Mas o fato é que a filha caçula dificilmente ganha presentes novos. A maioria é de segunda mão. E dá um ódio!

Ser caçula é dose!

Dia desses contei aqui que Maitê aprendeu a andar de bicicleta sem rodinhas. Enquanto ela recebia as “aulas” do pai me dei conta de que minha filha está maior do que a bicicleta – que compramos quando tinha 3 anos (ela está com 5 anos e meio). Na mesma hora pensei: “agora vamos dar pra ela a bicicleta da Nina – que é maior – e compramos uma nova pra Nina”.

Ainda bem que eu não pensei em voz alta. Estaria fazendo a mesma coisa que meus pais faziam e que me irritava, sendo que a Nina não precisa de uma bicicleta nova (a dela vai segurar a onda mais uns bons anos). Quem precisa é a Maitê, a caçula.

“Mas a Nina vai ficar muito brava de ver a irmã ganhar uma bicicleta nova!”, disse o Gui. “Sim”, respondi. “E vai ter que lidar com essa braveza”, completei. Do mesmo jeito que ela vai ter que aprender (e eu estou tentando ensinar) que no aniversário da irmã ela não ganha presente. Que no evento da escola da irmã ela pode não ser convidada e coisas do gênero. É a vida. É assim que funciona. Não tem o que fazer.

Mais do que isso. Faz parte da educação aprender que a gente não gasta dinheiro a toa. Que as coisas custam caro. E, por isso mesmo, temos que aprender a dar valor pro que temos. Com o episódio da bicicleta minha filha vai aprender muitas lições que serão úteis pra sempre. Num primeiro momento vai doer, eu sei. Ela vai chorar, reclamar. Mas um dia vai me agradecer por ter sido eu e não o mundo a dar essa aula.

 

 

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