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Arrependimento por ser mãe: isso existe!

arrependimento

Acredite se quiser. Uma psicanalista, economista e escritora suíça disse essa semana que sente arrependimento por ser mãe. Corinne Maier, que tem dois filhos, disse numa entrevista a BBC que tê-los não é receita de felicidade e criá-los é uma fortuna.

Disse também que tem motivos de sobra para odiar as crianças e que, na opinião dela, os adultos de hoje estão tão obsessivos por seus filhos e tão exaustos por ter de cuidar deles que não têm energia para mais nada.

Corinne, que em 2009 escreveu o livro No Kids: 40 Good Reasons Not to Have Children (em tradução livre, Sem Crianças: 40 Boas Razões para Não se Ter Filhos), diz ainda que criar um filho é 1% de felicidade e 99% de preocupação. Ou seja, o que ela sente é só arrependimento.

Li a reprodução da entrevista no fim de semana, graças a uma amiga que sabe o quanto amo o papel de mãe. Fiquei pensando nas palavras da escritora. E em quanto o ser humano é um bicho complicado. Pensei também em como esse depoimento deve ter sido recebido por mães depressivas e o mal que ele pode ter feito. Diante disso tudo resolvi me posicionar.

Claro que Corinne tem todo direito de se expressar como achar melhor. Assim como tem direito de não gostar de ser mãe. E sim, filhos nos deixam cansadas e nos fazem gastar muito dinheiro, além de não garantirem a felicidade de ninguém.

Mas por aqui arrependimento não existe!

Como acho que Corinne só lembrou da parte ruim ao dar essa entrevista decidi aproveitar esse espaço aqui no blog para falar da parte boa da maternidade, que é infinitamente maior (na minha opinião). Primeiro que eu acho sim que ter filhos é maravilhoso e, apesar de respeitar quem não quer tê-los, sinto dizer que eles nunca saberão o que é vivenciar o milagre da vida. O que é ver uma pessoa pela primeira vez e se apaixonar. O que é amor de verdade.

Ter filhos é caro sim, não sejamos hipócritas. Em compensação o pagamento que recebemos por criá-los não tem preço. Amor desinteressado. Genuíno. Gratuito. O maior do mundo. Quem investe nos filhos recebe pagamento em forma de carinho, beijos melados e abraços apertados. Recebe: “eu te amo” vindo de boquinhas pequenas e corações puros.

Ter filhos é chegar no fim do dia exausto sim. É desmaiar em vez de dormir, de tanto cansaço. Mas como era a vida antes deles chegarem? Não devia ser tão bom, já que eu nem me lembro. Pensando bem, talvez a vida fosse mais tranquila, a casa mais arrumada, a carteira mais cheia. Mas meu sorriso não era tão largo e meu coração não trasbordava amor, disso eu não tenho dúvidas.

Claro que educar não é fácil. Mas é um desafio maravilhoso. Claro que crianças não são santas, mas por isso mesmo são tão incríveis. Claro que nem todo mundo gosta de ser mãe. Mas a maioria, como eu, nasceu pra isso. E, pra mim, Corinne, criar um filho é 99% de felicidade e 1% de preocupação. Desculpa aí.

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