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A distância e os avós

Com lágrimas nos olhos. É assim que os avós das minhas filhas ficam quando alguém toca no assunto da nossa mudança. No caso dos meus pais, pra piorar, Nina e Maitê são as únicas netas. Ou seja, dói a simples ideia de encontrá-las apenas algumas vezes no ano. Claro que conscientemente eles sabem que estamos em busca de uma experiência enriquecedora, que pro futuro delas vai ser maravilhoso a fluência no inglês, que não é definitivo. Mas dói pensar na saudade. A distância e os avós são coisas que, definitivamente, não combinam!

Pras crianças, especialmente na idade das minhas (3 e 4 anos) não é tão sofrido. Vamos morar em Orlando (bem próximos da Disney), e elas não tem ideia de tempo e nem quantos quilômetros estamos falando. 

Pra amenizar o drama contamos, graças a Deus, com a tecnologia! Facetime e Skype vão ser nossos melhores amigos! Além disso, quando o coração apertar mesmo eles já sabem: é só encarar 8h de vôo (não é nada de outro mundo)!

Falo tudo isso para convencer a eles e a mim mesma. Não está sendo fácil deixar minhas avós velhinhas aqui sabendo que talvez elas não tenham mais muito tempo de vida, não é nada tranquilo pensar que não vou ter meus pais por perto e nem meu irmão que me ajuda tanto. Não gosto nem de pensar em como vão me fazer falta, em como queria levar todo mundo comigo. Mas não se pode ter tudo, né? 

Sendo assim, prefiro pensar que vamos nos ver sempre pelo computador/telefone, que essa viagem não é um bicho de sete cabeças e que não é pra sempre. Me conformo quando penso no que vamos viver, na oportunidade única e rara de realizar um sonho, na chance de uma vida nova. 

Despedida eu já avisei que não quero. Prefiro evitar as lágrimas em público. Prefiro pensar que vamos nos encontrar muito, aqui e lá e pronto. Que vai ser legal demais pra todo mundo. 

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